Estudo dos EUA apela às abordagens de saúde adaptadas para a popula??o de minorias
S?o Francisco, 25 abr (Xinhua) -- Um novo estudo sugere que as abordagens de saúde pública podem precisar ser adaptadas com base nas necessidades dos diversos grupos dentro da popula??o latina nos Estados Unidos.
Pesquisas anteriores mostraram que o aumento da riqueza, definido como o acúmulo de bens como casas e carros, poupan?a e mais, tem sido associada a uma melhor saúde cardiovascular em vários grupos raciais e étnicos. Mas entre hispanicos/latinos, a associa??o tem sido inconsistente.
Uma análise dos dados de saúde em cerca de 5.000 hispanicos/latinos entre 18 e 74 anos nos Estados Unidos, coletados para o Estudo de Saúde da Comunidade Hispana/Estudo de Latinos e o Estudo Sociocultural Auxiliar, mostrou que no todo n?o havia forte associa??o entre riqueza e saúde cardiovascular entre hispanicos/latinos.
"O que descobrimos é que é importante ter cuidado para n?o fazer suposi??es de que todo mundo que é considerado hispanico ou latino pode ser colocado na mesma cesta," disse Daniel López-Cevallos, professor assistente de estudos étnicos no Colégio de Artes Liberais da Oregon State University (OSU). "Existem diferen?as dentro do grupo que s?o importantes levar em considera??o quando se trata de abordar quest?es de saúde pública, como a saúde cardiovascular."
Grande parte da pesquisa em saúde hoje tende a se concentrar nos latinos no país como um único grupo racial/étnico. Mas, na realidade, esse grupo inclui pessoas de diversas origens, incluindo cubanas, mexicanas, porto-riquenhas, dominicanas, centro-americanas e sul-americanas, e os riscos para a saúde que elas enfrentam podem variar de grupo para grupo.
O novo estudo destaca a necessidade de um exame mais aprofundado das diferen?as dentro da popula??o hispanica/latina, particularmente no desenvolvimento de tratamentos médicos ou interven??es de saúde pública, disse López-Cevallos, principal autor do estudo.
A popula??o hispanica/latina é a maior e um dos grupos de ra?a/etnia mais crescentes nos Estados Unidos. E a doen?a cardiovascular é uma das principais causas de morte entre hispanicos/latinos.
Os pesquisadores descobriram que saúde e riqueza estavam intimamente associados a alguns grupos, mas n?o a outros. Por exemplo, os mais ricos centro-americanos eram menos propensos a ser obesos, enquanto os ricos porto-riquenhos eram mais propensos a ser obesos. "Dentro deste grupo, há uma diversidade de experiências," disse ele. "O que é a experiência dos ricos porto-riquenhos que é diferente da experiência dos ricos americanos? A menos que explorarmos essas diferen?as ainda mais, n?o seremos capazes de compreender e abordar adequadamente os fatores de risco para a saúde."
Pesquisas adicionais s?o necessárias para entender e adaptar as mensagens de saúde pública e as interven??es de saúde para subgrupos dentro da popula??o hispanica/latina, disse López-Cevallos em um comunicado de imprensa da OSU. "à medida que a popula??o latina continua crescendo, essas diferen?as dentro dos grupos se tornar?o cada vez mais importantes," disse ele. "Nós realmente precisamos amplificar nosso estudo dessas diferen?as de forma mais profunda."